Como o ser humano aprende? E como criar as melhores condições possíveis para que o aprendizado ocorra na escola? Estas inquietações movem estudiosos da educação há muitos anos... Já na Grécia Antiga, para os primeiros filósofos, a dúvida consistia em saber se as pessoas possuem saberes inatos ou é se possível ensinar alguma coisa a alguém. Para Platão, as idéias são congênitas; E Sócrates, seu discípulo, afirmava que conhecer é relembrar. Chamada de Inatismo, essa perspectiva sustenta que as pessoas naturalmente carregam certas aptidões, habilidades, conceitos, conhecimentos e qualidades em sua bagagem hereditária.Assim sendo, s pessoas nascem com saberes adormecidos que precisam ser organizados para se tornar conhecimentos verdadeiros. O professor só auxilia o aluno a acessar as informações.
O Empirismo é uma teoria filosófica que defende o conhecimento da razão, da verdade e das idéias racionais através da experiência.Para o empirismo, somos uma “folha em branco” as pessoas desconhecem tudo, mas que através de tentativas e erros aprendem e conquistam experiência. As idéias, trazidas pela experiência, isto é, pela sensação, pela percepção e pelo hábito, são levadas à memória e, de lá, a razão as apanha para formar os pensamentos. Esta concepção teórica parte do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelo meio e não pelo sujeito. A ideia é que o ser humano não nasce inteligente mas é passivamente submetido às forças do meio que provocam suas reações. O desenvolvimento intelectual pode ser totalmente modelado. Dessa forma, o conhecimento é de natureza extrema, se encontra fora do sujeito; a resposta do organismo ocorre através de um estímulo proveniente do meio. O conhecimento se dá somente pela percepção e é fruto da simples associação entre objetos. A escola assim, tem a função de moldar o indivíduo, reforçando os comportamentos positivos; corrigindo, de modo que o aluno apresente comportamentos socialmente aceitos na sala de aula; o trabalho individual, a atenção, a concentração, o esforço e a disciplina funcionam como garantias para a aprendizagem. Na escola não há lugar para troca de informações, questionamentos, comunicação entre os alunos; estes comportamentos são vistos como falta de respeito ao professor, bagunça e indisciplina.
O ensino é centrado no professor. O aluno é passivo, ou seja, o que Paulo Freire denominou de “educação bancária”.